quarta-feira, 24 de junho de 2009

"Os Sertões"

Jagunços
Trecho do nosso trabalho

Ao recebermos o tema - Euclides da Cunha - não imaginávamos o que fazer. Primeiro porque não conhecíamos nem o escritor quanto mais suas obras e segundo pois queríamos um trabalho teoricamente perfeito. Nossa professora, Larissy, deixou bem claro o que ela queria: principal obra desse escritor. Fomos atrás! Pesquisamos, nos informamos e tudo mais. Descobrimos nosso objetivo: Guerra de Canudos. Assunto, para muitos de nós, desconhecido. Não nos demos por vencidos. Começamos nosso projeto e logo pensamos em um vídeo. Não um vídeo qualquer e sim um vídeo que além de contar a história de Euclides da Cunha e de sua obra "Os Sertões", quebrasse um pouco da história nada cômica que é a história de Canudos. Ficou claro: tínhamos que encenar. Foi o que fizemos: nos caracterizamos e fomos à luta. Procuramos lugares onde tivesse o clima descrito na obra: "seco, árido e com pouca vegetação". Achamos nosso lugar. Incrível! Passamos a tarde e parte da noite fazendo esse trabalho. E não é possível deixar de comentar do figurino, que caiu muito bem para a ocasião. Após as filmagens partimos para a edição. Na verdade, nossa editora nata, Amanda Leandro passou sua noite/madrugada de Sábado e boa parte de seu Domingo editando nossa arte. Nossa apresentação foi bastante repercutida na escola. A Larissy apresentou para onde pôde o nosso trabalho: Vila Velha, Vitória... Houve muitos comentários positivos, logo acreditamos que fizemos um bom trabalho. Nossas expectativas foram superadas. Demos o nosso melhor e por isso, recebemos o melhor. O segredo? Dedicação. O que nos acrescentou? Aprendizado sobre o nosso país!

Euclides da Cunha - Dados biográficos

Euclides Rodrigues da Cunha nasceu em Cantagalo, 20 de Janeiro de 1866. Foi escritor, sociólogo, repórter jornalístico, historiador e engenheiro brasileiro. Órfão de mãe desde os três anos de idade, foi educado pelas tias. Frequentou conceituados colégios fluminenses e, quando precisou prosseguir seus estudos, ingressou na Escola Politécnica e, um ano depois, na Escola Militar da Praia Vermelha.
Cadete republicano, contagiado pelo ardor republicano dos cadetes e de Benjamin Constant, professor da Escola Militar, atirou durante revista às tropas sua espada aos pés do Ministro da Guerra Tomás Coelho. Euclides foi submetido ao Conselho de Disciplina e, em 1888, saiu do Exército. Participou ativamente da propaganda republicana no jornal O Estado de S. Paulo.

Proclamada a República, foi reintegrado ao Exército com promoção. Ingressou na Escola Superior de Guerra e conseguiu ser primeiro-tenente e bacharel em Matemáticas, Ciências Físicas e Naturais.
Euclides casou-se com Ana Emília Ribeiro, filha do major Frederico Solon de Sampaio Ribeiro, um dos líderes da República.

Ciclo de Canudos. Em 1891, deixou a Escola de Guerra e foi designado coadjuvante de ensino na Escola Militar. Em 1893, praticou na Estrada de Ferro Central do Brasil. Quando surgiu a insurreição de Canudos, em 1897, Euclides escreveu dois artigos pioneiros intitulados "A nossa Vendéia" que lhe valeram um convite d'O Estado de S. Paulo para presenciar o final do conflito. Isso porque ele considerava, como muitos republicanos à época, que o movimento de Antonio Conselheiro tinha a pretensão de restaurar a monarquia e era apoiado pelos monarquistas residentes no País e no exterior.

"Tragédia da Piedade"
Morreu em 1909. Ao saber que sua esposa, mais conhecida como Ana de Assis, o abandonara pelo jovem tenente Dilermando de Assis, que aparentemente já tinha sido ou era seu amante há tempos - e a quem Euclides atribuía a paternidade de um dos filhos de Ana, "a espiga de milho no meio do cafezal" (querendo dizer que era o único louro numa família de tez morena) -, saiu armado na direção da casa do militar, disposto a matar ou morrer. Dilermando era campeão de tiro e matou-o. Tudo indica que o matou lealmente, tanto que foi absolvido na Justiça Militar. Ana casou-se com ele.

O corpo de Euclides foi examinado pelo médico e escritor Afrânio Peixoto, que também assinou o laudo e viria mais tarde a ocupar a sua cadeira na Academia Brasileira de Letras.